Ex-cre-vê!

Certa vez li em um livro que o ato de escrever é uma ação solitária. É um olhar ‘óbvio’, mas não, necessariamente, simples. O escritor é uma parte da gente que nem sempre conseguimos ter acesso.

A busca pela escrita sempre me trouxe encantamento, mas tempos depois tive receio, bloqueios e medo. Medo de estar só. Medo de ser esquecido. Medo do texto sem leitor.

A arte escrita (literatura) é a segunda alma que uma pessoa pode aderir, enquanto vivo. É a liberdade que não aprisiona, mas restringe o tempo para traduzir sentimentos inexplicáveis. Escrever é um verdadeiro diálogo com nossos “Eu”. Escrever só é encontrarmos as respostas de perguntas existenciais e deixa-las fazer efeito, seja no leitor ou não.

Quem sabe, escrever, não seja um diálogo com o seu deus, com sua ancestralidade, com o seu verdadeiro Eu?

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