Certa vez li em um livro que o ato de escrever é uma ação solitária. É um olhar ‘óbvio’, mas não, necessariamente, simples. O escritor é uma parte da gente que nem sempre conseguimos ter acesso.
A busca pela escrita sempre me trouxe encantamento, mas tempos depois tive receio, bloqueios e medo. Medo de estar só. Medo de ser esquecido. Medo do texto sem leitor.
A arte escrita (literatura) é a segunda alma que uma pessoa pode aderir, enquanto vivo. É a liberdade que não aprisiona, mas restringe o tempo para traduzir sentimentos inexplicáveis. Escrever é um verdadeiro diálogo com nossos “Eu”. Escrever só é encontrarmos as respostas de perguntas existenciais e deixa-las fazer efeito, seja no leitor ou não.
Quem sabe, escrever, não seja um diálogo com o seu deus, com sua ancestralidade, com o seu verdadeiro Eu?